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O que é Autocompaixão?

Ter compaixão por si mesmo não é diferente de ter compaixão pelos outros. Para ter compaixão pelos outros. Para ter compaixão é preciso ter não só empatia, que é reconhecer o sofrimento, mas vontade de ajudar e aliviar o sofrimento.

Ter compaixão também significa que você oferece compreensão aos outros quando eles falham ou cometem erros, em vez de julgá-los com severidade.

Finalmente, quando você sentir compaixão pelo outro (ao invés de mera pena), significa que você percebe que o sofrimento, o fracasso e a imperfeição fazem parte da experiência humana comum.

 

A autocompaixão envolve agir da mesma maneira em relação a

si mesmo.

Quando você está passando por um momento difícil, de fracasso ou quando percebe algo que não gosta você, ao invés de se isolar e se autocriticar, ou simplesmente ignorar sua dor, você reconhece que é realmente um momento de sofrimento e procura se confortar e se  cuidar, como ajudaria um melhor amigo que estivesse passando pela mesma situação. 

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Em vez de se julgar e se criticar impiedosamente por várias inadequações ou deficiências, se tratar com autocompaixão significa que você é gentil e compreensivo quando confrontado com falhas pessoais - afinal, quem disse que você deveria ser perfeito?

Você pode se tratar de maneira que te permita ser mais saudável e feliz, mas isso é feito porque você se preocupa com você, não porque você é inútil ou inaceitável como você é, mas porque você honra e aceita sua humanidade. Nem sempre as coisas vão acontecer do jeito que você quer. Você encontrará frustrações, perdas ocorrerão, você cometerá erros, esbarrará em suas limitações, ficará aquém de seus ideais. Esta é a condição humana, uma realidade compartilhada por todos seres humanos. Quanto mais você abrir seu coração para esta realidade, em vez de lutar constantemente contra ela, mais você será capaz de sentir compaixão por si mesmo e por todos os seus semelhantes na experiência da vida.

O que autocompaixão NÃO é:

AUTOCOMPAIXÃO NÃO É AUTOPIEDADE:

Quando as pessoas sentem autopiedade, elas ficam imersas em seus próprios problemas e esquecem que as outras pessoas têm problemas semelhantes. Elas ignoram suas conexões com os outros e, em vez disso, sentem que são as únicas no mundo que estão sofrendo. A autopiedade tende a enfatizar sentimentos egocêntricos de separação dos outros e exagerar a extensão do sofrimento pessoal. A autocompaixão, por outro lado, permite ver as experiências relacionadas de si e do outro sem esses sentimentos de isolamento e desconexão. Além disso, as pessoas com autopiedade muitas vezes se deixam levar e se envolvem em seu próprio drama emocional. Elas não podem recuar de sua situação e adotar uma perspectiva mais equilibrada ou objetiva.

 O "espaço mental' é fornecido para reconhecer o contexto humano mais amplo da experiência de alguém e para colocar as coisas em uma perspectiva mais ampla. (“Sim, é muito difícil o que estou passando agora, mas há muitas outras pessoas que estão passando por um sofrimento muito maior. Talvez não valha a pena ficar tão chateado com isso…”)

AUTOCOMPAIXÃO NÃO É AUTOINDULGÊNCIA:

A autocompaixão também é muito diferente da autoindulgência. Muitas pessoas dizem que relutam em ser autocompassivas porque têm medo de se deixar levar por qualquer coisa. “Estou estressado hoje, então, para ser gentil comigo mesmo, vou assistir TV o dia todo e tomar um litro de sorvete.”   Isso, no entanto, é auto-indulgência e não autocompaixão. Lembre-se de que ser compassivo consigo mesmo significa que você deseja ser feliz e saudável a longo prazo. Em muitos casos, apenas se dar prazer  pode prejudicar o bem-estar (como usar drogas, comer demais, ser viciado em televisão ou games), enquanto dar a si mesmo saúde e felicidade duradoura, geralmente envolve uma certa dose de desprazer (como parar de fumar, perder peso, exercício).

As pessoas costumam ser muito duras consigo mesmas quando percebem algo que desejam mudar porque acham que podem se envergonhar e autoflagelar-se. Isso aumenta a insatisfação e a comparação. 

Assim, as fraquezas podem permanecer não reconhecidas em uma tentativa inconsciente de evitar a autocensura. Em contraste, a compaixão fornece uma poderosa força motivadora para o crescimento e a mudança, ao mesmo tempo que fornece a segurança necessária para enxergar-se com clareza, sem medo de autocondenação. As fraquezas podem permanecer não reconhecidas em uma tentativa inconsciente de evitar a autocensura. 

AUTOCOMPAIXÃO NÃO É AUTOESTIMA:


Embora a autocompaixão possa parecer semelhante à autoestima, elas são diferentes em muitos aspectos. A autoestima refere-se ao nosso senso de valor próprio, valor percebido ou quanto gostamos de nós mesmos. Embora haja poucas dúvidas de que a baixa autoestima é problemática e muitas vezes leva à depressão e à falta de motivação, tentar ter uma autoestima mais elevada também pode ser problemático. Na cultura ocidental moderna, a auto-estima geralmente se baseia no quanto somos diferentes dos outros, no quanto nos destacamos ou somos especiais. Não é normal ser mediano, temos que nos sentir acima da média para nos sentirmos bem conosco.

Isso significa que as tentativas de aumentar a auto-estima podem resultar em um comportamento narcisista e egocêntrico ou nos levar a rebaixar os outros para nos sentirmos melhor sobre nós. Também tendemos a ficar zangados e agressivos com aqueles que disseram ou fizeram algo que potencialmente nos faz sentir mal a respeito de nós. A necessidade de auto-estima elevada pode nos encorajar a ignorar, distorcer ou esconder nossas deficiências pessoais de modo que não possamos nos ver com clareza e precisão. Finalmente, nossa auto-estima geralmente depende de nosso sucesso ou fracasso mais recente, o que significa que nossa auto-estima flutua dependendo das circunstâncias em constante mudança. 

Ao contrário da autoestima, a autocompaixão não se baseia em autoavaliações. Todos os seres humanos merecem compaixão e compreensão, não porque possuam algum conjunto particular de características (bonita, inteligente, talentosa e acima da média). Isso significa que, com autocompaixão, você não precisa se sentir melhor do que os outros para se sentir bem consigo.

A autocompaixão também permite maior clareza, porque as falhas pessoais podem ser reconhecidas com gentileza e não precisam ser escondidas. Além disso, a autocompaixão não depende de circunstâncias externas, ela está sempre disponível – especialmente quando você se desaponta com você!

A pesquisa indica que, em comparação com a autoestima, a autocompaixão está associada a maior resiliência emocional, autoconceitos mais precisos, comportamento social com maior conexão. 

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